Terceiro
programa da série especial traz uma discussão contemporânea sobre a questão com
a presença de representantes das religiões de matriz africana e estudiosos do
assunto.
Por
Audrey Trevas
Nesta
quarta-feira (21), a terceira edição da série de programas “IZP no Mês da
Consciência Negra”, este ano em sua segunda edição, abordou o tema “Quebra de
Xangô: 100 anos depois”, com a participação do Pai Célio, da Casa de Yemanjá,
do Doté Elias , da Casa de Ayrá, e do médico e membro do Instituto Histórico e
Geográfico de Alagoas (IGHAL), Fernando Gomes.
O
programa, que tem a apresentação do jornalista Marcos Guimarães, iniciou com os
comentários do professor e historiador Zezito Araújo, que contextualizou o
episódio do Quebra de Xangô ocorrido em 1912, na cidade de Maceió. Em seguida,
cada um dos entrevistados fez uma explanação sobre sua visão do Quebra,
abordando os aspectos culturais, sociais e religiosos para a história de
Alagoas.
Outros
assuntos debatidos no programa foram sobre a questão da intolerância religiosa,
o respeito à religião e também sobre a importância cultural da coleção
“Perseverança”, relíquias sagradas que restaram dos terreiros destruídos na
ocasião do Quebra de Xangô, que atualmente se encontra no IGHAL.
O
Quebra - O episódio conhecido como Quebra de Xangô foi um ato de violência
praticado em 1º de fevereiro de 1912 contra as casas de culto afrobrasileiras
de Maceió e que se estendeu pelo interior de Alagoas. Naquele dia, babalorixás
e yalorixás tiveram seus terreiros invadidos por uma milícia armada denominada
Liga dos Republicanos Combatentes, seguida por uma multidão enfurecida, e
assistiram à retirada à força dos templos de seus paramentos e objetos de culto
sagrados, que foram expostos e queimados em praça pública, numa demonstração
flagrante de preconceito e intolerância religiosa para com as nossas
manifestações culturais de matriz africana.
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